Ao falar em celulite, muitas pessoas pensam no aparecimento de furinhos na pele relacionados ao acúmulo de gordura, algo bem polêmico entre as mulheres.
Mas o que não se fala tanto é que a celulite possui um significado muito mais amplo na área médica. Este quadro, referente à inflamação do tecido celular, pode atingir outras partes do corpo, como os olhos.
O que é a celulite ocular
A celulite ocular ou celulite orbitária é a infecção ou inflamação que se localiza na cavidade em que estão inseridos o olho e seus anexos ou também, em casos mais graves, nos tecidos profundos da órbita ou na região das pálpebras, causando dor, inchaço e limitação à movimentação dos olhos, levando ao deslocamento anterior ocular (proptose) e a sintomas de febre.
Mesmo sem ser uma doença contagiosa, a celulite ocular deve ser tratada com precaução, pois provém de uma infecção bacteriana que pode evoluir para sérias complicações, como meningite, septicemia, perda da visão ou, até mesmo, perda auditiva. Além disso, a celulite ocular pode derivar da ampliação de infecções vizinhas: como ferimento na região ocular, picada de inseto, sinusite, conjuntivite, abcesso dentário, entre outras.
Quem sofre mais com a doença
A celulite ocular é uma doença que afeta, em sua maioria, bebês e crianças entre os 4 e 5 anos de idade. Isso porque, nessa faixa etária, as estruturas que envolvem o olho são mais delicadas, com paredes ósseas mais finas. O tratamento, nestes casos, deve ser feito o mais rápido possível, com antibióticos na veia e, em determinadas situações, com cirurgia para remoção de tecidos e secreção. Assim, evita-se que a infecção se propague para regiões mais avançadas e possa causar um comprometimento neurológico.
Os micro-organismos responsáveis pela infecção variam de acordo com a idade do paciente, seu estado de saúde e a ocorrência de uma infecção prévia. Alguns dos principais agentes são o Haemophilus influenzae, Streptoccus pneumoniae, o Staphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes e a Moraxella catarrhalis.
Providências a serem tomadas
Para confirmar o aparecimento da doença, o paciente deve recorrer a um oftalmologista para que ele faça um diagnóstico clínico detalhado e possa observar os principais sinais e sintomas. Caso necessário, o médico também pode solicitar exames laboratoriais, como hemograma e hemocultura, ou de imagem, para identificar o micro-organismo e o grau da infecção.
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