Você sabia que o ceratocone é o principal motivo de transplante de córnea no Brasil?
Estimativas apontam que cerca de 20% dos pacientes com ceratocone realizam o transplante para estagnar a doença.
Entretanto um tratamento relativamente novo vem buscando diminuir esse percentual: o crosslinking corneano.
O que é o Crosslinking Corneano?
O Crosslinking Corneano é um procedimento cirúrgico, em que é depositada uma solução contendo riboflavina (vitamina B2) na córnea do paciente com ceratocone, juntamente com a aplicação de um espectro de radiação ultravioleta (UVA) por cerca de 30 minutos.
Essa técnica visa aumentar a rigidez da córnea afetada pelo ceratocone por meio do estímulo à ação do colágeno no local.
Entendendo o ceratocone
O ceratocone é uma doença oftalmológica que afeta a córnea, causando alterações na espessura da parte central dessa parte do globo ocular, fazendo com que a córnea seja “empurrada” para fora do olho, o que progressivamente traz uma aparência cônica para essa região do olho.
Essa doença costuma surgir entre a adolescência e o início da idade adulta e os pacientes costumam apresentar quadros de astigmatismo e miopia elevados, com uma avanço muito rápido do grau.
É importante lembrar que o ceratocone é uma doença bilateral e assimétrica, ou seja, atinge os dois olhos do paciente porém não da mesma maneira.
Assista abaixo ao vídeo da Drª Tatiana Rocha Rayes de Aguiar sobre essa doença:
Quais são os benefícios do Crosslinking Corneano?
O Crosslinking, mesmo sendo considerado um procedimento cirúrgico, é menos invasivo do que cirurgias oftalmológicas em geral.
Além disso, seus resultados na contenção do avanço do ceratocone são muito positivos. Grande parte dos pacientes conseguem estagnar a progressão da doença, enquanto outros conseguem controlar esse avanço de forma significativa.
Outra vantagem do Crosslinking Corneano, que apesar de não ser seu principal atributo representa um benefício muito grande para os pacientes, é a diminuição do grau dos problemas oftalmológicos causados pelo ceratocone, astigmatismo e miopia, em cerca de 25% dos pacientes que passam por esse procedimento.
Como funciona o pós-operatório?
Após o tratamento o paciente utiliza medicamentos como antibióticos e anti-inflamatórios, por cerca de 15 a 20 dias, e é acompanhado por um médico oftalmologista.
Quanto à visão e aspectos externo da córnea, após a cirurgia o paciente pode apresentar algumas alterações temporárias, como inchaço, fotofobia, visão embaçada ou dupla. Mas, de maneira geral, esses quadros diminuem gradualmente ao longo das semanas de recuperação do pós-operatório.
Para quem é indicado o crosslinking corneano?
A realização do Crosslinking Corneano depende muito do estágio de avanço do ceratocone e também de fatores externos dos pacientes.
Quanto aos critérios relacionados ao ceratocone, é necessário que a córnea tenha uma espessura mínima, não seja muito fina, e também não tenha cicatrizes.
Já em relação à fatores externos, gestantes e lactantes, além de pessoas que já foram acometidas por algumas doenças na superfície ocular não devem realizar o tratamento.
De qualquer forma, cada caso deve ser avaliado individualmente por um médico oftalmologista.
Conheça o Instituto da Visão Assad Rayes
O Instituto da Visão Assad Rayes é qualificado desde 2005 como hospital especializado e foi fundado em 1996, contando com uma equipe médica altamente competente e experiente, além de equipamentos de primeiro mundo.
Acesse nosso formulário do site ou ligue para (48) 3029-0260.