O Ceratocone é uma enfermidade que afeta a córnea, fazendo com que a espessura da sua parte central seja reduzida, empurrando-a para frente. Essa projeção pode comprometer a visão.
Por conta dessa enfermidade, a projeção de imagens nítidas na retina é impedida, o que pode levar a um grau elevado de astigmatismo irregular e miopia.
É uma doença genética, de caráter hereditário, que se manifesta entre os 10 e 25 anos. No Brasil, essa enfermidade chega a atingir cerca de 150 mil pessoas por ano. Coçar os olhos, quando feito com frequência e de forma vigorosa, pode exercer pressão e tensão sobre a córnea. Isso pode levar a um enfraquecimento estrutural da córnea, especialmente em pessoas predispostas geneticamente. Estudos sugerem que a coçadura frequente e vigorosa dos olhos pode aumentar o risco de desenvolver ceratocone em indivíduos geneticamente suscetíveis.
Esse problema é bilateral e assimétrico, ou seja, pode afetar os dois olhos, porém não da mesma maneira. Além disso, piora com o tempo, o que pode fazer com que a pessoa enxergue tudo distorcido, mesmo usando óculos de grau.
A maioria da população que contrai a doença tem um defeito em algum gene. Esse defeito abre portas para o Ceratocone. Além disso, a presença de Ceratocone possui alguns estímulos externos, como apertar ou coçar os olhos em excesso.
É importante sempre ficar de olho, especialmente em crianças, que muitas vezes coçam tanto os olhos que podem prejudicá-los. Para que essa coceira diminua, médicos costumam indicar o uso de colírios, e em alguns casos comprimidos.
Coçar os olhos é tão recorrente na população que foi criada a Campanha Junho Violeta, que alerta para hábitos que podem prejudicar a saúde dos olhos.
Para quem é alérgico, é importante ter o dobro de cuidado. Evitar lugares com muita poeira, ou que possam ter resquícios que possam irritar seus olhos.
Reportagem do Jornal Nacional sobre a campanha Junho Violeta.
Até pouco tempo, a única maneira de tratar o Ceratocone era utilizando óculos de grau. Quando os óculos já não conseguiam dar conta dos sintomas da enfermidade, criavam-se lentes removíveis que deviam ser trocadas conforme o quadro ia piorando.
Hoje, existem procedimentos mais modernos para tratar o Ceratocone. São as lentes especiais, o Crosslinking e o implante do anel intraestromal.
Ainda a melhor opção para tratar pacientes com Ceratocone, existem dois tipos de lentes que podem auxiliar no tratamento da projeção da córnea. O primeiro modelo são as lentes especiais para Ceratocone, com um formato que dá mais conforto à visão de pacientes com essa enfermidade. O outro modelo são as lentes esclerais, utilizadas em pacientes que possuem difícil adaptação às lentes rígidas (especiais para Ceratocone). Destacam-se pelo conforto, por se apoiarem na esclera (parte branca do olho).
É um tratamento eficaz no controle da progressão do Ceratocone. O procedimento é feito com anestesia tópica (colírio), com objetivo de enrijecer a córnea. Não é um tratamento que cura o Ceratocone, porém é o mais indicado quando o oftalmologista identifica a progressão da enfermidade, com intuito de evitar a evolução para um caso mais grave.
São dispositivos médicos implantados no estroma corneano, com objetivo de regular deformações da córnea. Podem ser implantados um ou dois anéis, de acordo com o grau de Ceratocone do paciente. O implante fará com que a superfície anterior da córnea fique mais plana, aproximando-se da sua curvatura normal, corrigindo então, o astigmatismo e outras irregularidades.
Em casos mais extremos, pode ser indicado o Transplante de Córnea, caso os tratamentos citados anteriormente não tenham sucesso.
Assista abaixo ao vídeo sobre Ceratocone e Córnea, com a Drª Tatiana Rocha Rayes de Aguiar.
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