Os bebês podem ser acometidos por doenças e problemas na visão como qualquer outra pessoa adulta, porém, são mais dificilmente identificados. Isso porque as crianças podem não saber como relatar o incômodo ou até mesmo ainda não saber falar. É o caso do retinoblastoma, o câncer infantojuvenil que afeta os olhos de crianças muito pequenas.
Por isso, o Instituto da Visão Assad Rayes traz um artigo explicando o que é retinoblastoma, quais os sintomas e os possíveis tratamentos. Confira:
- O que é retinoblastoma;
- Tipos de retinoblastoma;
- Como identificar? Conheça os principais sintomas;
- Como é feito o tratamento.
O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que pode surgir em um ou nos dois olhos do bebê. Esse é o tipo de câncer de olho infantil mais comum e é classificado como um tumor maligno, de categoria grave. Porém, quando o diagnóstico é feito cedo, o tratamento é simples e não deixa sequelas. O tumor se desenvolve na retina e provoca algumas alterações visuais que podem ser identificadas.
A principal causa da doença é a hereditariedade. As crianças que herdam a mutação no gene Rb1, que está presente em todas as células do corpo humano, têm mais chances de desenvolver esse problema. Cerca de 50% das crianças diagnosticadas com retinoblastoma virão a transmitir a mutação genética para os seus filhos.
A doença é mais comum entre as crianças na faixa etária de 2 a 5 anos de idade, mas também pode acometer bebês com menos de 1 ano. A cada 14 mil crianças, uma pode nascer com a doença.
Há três tipos de retinoblastoma, são eles:
- Retinoblastoma esporádico: nesse caso, o tumor intraocular se desenvolve apenas em um olho, ou seja, retinoblastoma unilateral. Ele surge quando uma célula sofre mutação e começa a se multiplicar repetidamente em alta velocidade. Esse processo é comum entre os cânceres e se repete entre os três tipos.
- Retinoblastoma hereditário: sendo o caso mais comum, esse tipo de câncer surge devido a uma mutação genética hereditária. Nesse caso, pode ser unilateral ou bilateral e, geralmente, acomete bebês com menos de 1 ano de idade.
- Retinoblastoma PNET: o Tumor Neuroectodérmico Primitivo também é chamado de retinoblastoma trilateral. Isso porque esse tipo de tumor está relacionado às células nervosas primitivas do cérebro e só atinge crianças com a herança genética bilateral.
A identificação da doença pode acontecer por meio do teste do olhinho, um exame que pode evitar diversas doenças ainda na primeira infância. Esse é o teste mais comumente usado para descobrir se o bebê tem problemas de visão e é feito por médicos oftalmologistas e pediatras. O exame é simples e obrigatório no Brasil, pois pode reconhecer doenças graves em estados iniciais para que sejam tratadas sem grandes problemas.
A forma mais comum de identificar o retinoblastoma é observar a leucocoria que a doença causa. Se trata de um reflexo branco no olho, popularmente conhecido como “olho de gato” e é ocasionado por conta da massa do tumor que provoca o descolamento da retina. Esse reflexo pode ser facilmente reconhecido em fotos com flash.
Outros sintomas são:
- Estrabismo em um ou ambos os olhos;
- Olhos constantemente vermelhos;
- Dificuldade para enxergar (pode ser notado quando a criança sente dificuldade em pegar um objeto perto);
- Heterocromia ou alteração da cor do olho.
Também podem ser sintomas a fotofobia, olho preguiçoso ou sangramento em alguma parte do olho. Além dos sintomas visíveis nos olhos, a criança pode sentir dores de cabeça e náusea, dores nos olhos ou proptose (globo ocular maior que o normal).
Porém, esses sintomas podem ser identificados quando a doença já está em um estágio mais avançado. Por isso, é importante realizar exames oftalmológicos regularmente para que o reconhecimento precoce da doença aconteça. Caso a criança tenha esses sintomas, entre em contato com um oftalmologista.
O tratamento varia de acordo com o estágio que o câncer esteja. Em casos pouco desenvolvidos, que são os mais comuns, o tratamento é feito com o uso de um laser para destruir o tumor. Outra técnica usada é a aplicação de frio no local. Ambas são feitas com anestesia geral e não possuem grandes perigos.
Para casos mais graves, onde o câncer já afetou regiões fora do olho, pode ser necessária a realização de quimioterapia. Quando esse tratamento não é possível de ser realizado, pode ser feita uma cirurgia para retirada do olho, a fim de evitar que o câncer continue crescendo.
Depois do tratamento, a criança necessita frequentar regularmente os médicos oftalmologistas para garantia de que o procedimento foi eficaz.
O Instituto da Visão Assad Rayes é qualificado desde 2005 como hospital especializado e foi fundado em 1996, contando com uma equipe médica altamente competente e experiente, além de equipamentos de primeiro mundo.
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