No dia Nacional de Combate ao Câncer resolvemos trazer um assunto pouco falado, mas muito importante de se prevenir: o câncer nos olhos. 

O câncer nos olhos ou ocular é raro e não atinge uma faixa etária específica, atualmente o Instituto Nacional de Câncer (INCA) não dispõe de estimativas para o câncer de olhos. Além dos idosos - que são mais propensos devido à idade avançada - os bebês e crianças também podem ter.

São três os tipos mais comuns em adultos, o melanoma intraocular, o melanoma uveal e o melanoma conjuntival. Já nas crianças, o Retinoblastoma é mais presente. 

Confira agora o que você irá ler neste artigo:

- Câncer nos olhos;

- Tipos mais comuns de cancro ocular;

- Sintomas e como identificar;

- Dia nacional de Combate ao Câncer.

Câncer nos olhos

Câncer nos olhos existe sim e a doença pode afetar praticamente todas as estruturas oculares. Como explicado acima, normalmente os cânceres surgem de maneira espontânea, mas, na grande parte dos casos, não é isso que ocorre nos olhos. A maioria das ocorrências de cancro ocular acontece em consequência do estado de metástase, que é quando as células cancerosas estão já espalhados por todo o corpo. Existem fatores ambientais e genéticos que também podem deixar a região mais propícia para o surgimento dessa anomalia como, por exemplo, a exposição excessiva ao sol sem proteção. 

Tipos mais comuns de cancro ocular 

O tipo mais comum de cancro ou câncer no olho é o melanoma ocular, apesar de muito raro. Ocorre em maior parte dos casos em adultos. Essa doença ocorre nos melanócitos, células responsáveis pela produção da cor da pele e dos olhos. 

Nas crianças o câncer mais comum é o retinoblastoma. Esse tipo de câncer que surge na retina quando ainda não totalmente formada, ou seja, até os 5 anos. Esse tipo de câncer pode ser diagnóstico a partir do teste do olhinho: conheça esse exame que pode evitar muitas doenças ainda na primeira infância.

Tipos de Melanoma Ocular

Os melanomas se desenvolvem a partir do pigmento produzido pelos melanócitos localizados no globo ocular, na maioria das vezes na úvea, ou na conjuntiva. 

Melanoma Intraocular: 

Se desenvolve no globo ocular e é o tipo mais comum de melanoma. 

Melanoma Uveal:

Essa parte do olho é formada por três partes:

• Íris: parte colorida do olho que engloba a pupila (responsável pela passagem de luz)
• Coróide: camada fina que alimenta com sangue a retina e a parte anterior dos olhos.
• Corpo Ciliar: são os músculos que alteram a forma do cristalino, permitindo o ajuste de foco.    

Segundo o Oncocenter, cerca de 90% dos tumores oculares se desenvolvem na coróide ou no corpo ciliar. Logo, o melanoma uveal é quando uma destas partes citadas é atingida.

Melanoma da Conjuntiva:

Sendo o tipo mais raro e agressivo dos três, ele atinge as partes próximas à Conjuntiva - parte fina e clara que cobre a esclera, parte branca dos olhos. Como é altamente propenso a se espalhar pelo sangue e sistema linfático, a chance de atingir outros órgãos como pulmões, fígado e até mesmo o cérebro, é alta.

“A órbita consiste dos tecidos que ficam ao redor do globo ocular, incluindo músculos que movem o olho e nervos. Tumores desses tecidos são conhecidos como cânceres orbitários. As estruturas anexas como pálpebras e glândulas lacrimais também podem desenvolver cânceres – estes denominados como cânceres anexiais”. (Oncocenter)

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O que é o Retinoblastoma?

O retinoblastoma é um tipo raro de câncer que pode surgir em um ou nos dois olhos do bebê. Esse é o tipo de câncer de olho infantil mais comum e é classificado como um tumor maligno, de categoria grave. A principal causa da doença é a hereditariedade. As crianças que herdam a mutação no gene Rb1, que está presente em todas as células do corpo humano, têm mais chances de desenvolver esse problema. Cerca de 50% das crianças diagnosticadas com retinoblastoma virão a transmitir a mutação genética para os seus filhos.

Tipos de retinoblastoma

Há três tipos de retinoblastoma, são eles:

- Retinoblastoma esporádico: nesse caso, o tumor intraocular se desenvolve apenas em um olho, ou seja, retinoblastoma unilateral. Ele surge quando uma célula sofre mutação e começa a se multiplicar repetidamente em alta velocidade. Esse processo é comum entre os cânceres e se repete entre os três tipos.

- Retinoblastoma hereditário: sendo o caso mais comum, esse tipo de câncer surge devido a uma mutação genética hereditária. Nesse caso, pode ser unilateral ou bilateral e, geralmente, acomete bebês com menos de 1 ano de idade.

- Retinoblastoma PNET: o Tumor Neuroectodérmico Primitivo também é chamado de retinoblastoma trilateral. Isso porque esse tipo de tumor está relacionado às células nervosas primitivas do cérebro e só atinge crianças com a herança genética bilateral.

Sintomas e como identificar

Quando em estágio inicial, o câncer no olho não apresenta sintomas notáveis. Por isso é importante realizar consultas médicas oftalmológicas periodicamente com profissionais de qualidade para que o diagnóstico de qualquer doença possa ser feito o quanto antes possível. Mas, quando em estágio já avançado, os sintomas podem ser variados, como por exemplo: manchas escuras na íris, dores localizadas, “fantasmas” ou sombras na visão e perda parcial ou total da visão.

A identificação da doença pode acontecer por meio do teste do olhinho, um exame que pode evitar diversas doenças ainda na primeira infância. Esse é o teste mais comumente usado para descobrir se o bebê tem problemas de visão e é feito por médicos oftalmologistas e pediatras. O exame é simples e obrigatório no Brasil, pois pode reconhecer doenças graves em estados iniciais para que sejam tratadas sem grandes problemas. 

Outros sintomas são: 

- Estrabismo em um ou ambos os olhos;

- Olhos constantemente vermelhos;

- Dificuldade para enxergar (pode ser notado quando a criança sente dificuldade em pegar um objeto perto);

- Heterocromia ou alteração da cor do olho. 

Dia Nacional de Combate ao Câncer

27 de novembro é o Dia Nacional do Câncer pela iniciativa do INCA - Instituto Nacional do Câncer. Esse dia foi institucionalizado pela Portaria GM 707 do Ministério da Saúde em dezembro de 1988 junto de uma campanha de combate ao tabagismo, que inclui as questões de evitar os maus hábitos e conscientizar sobre as consequências de fumar. Entenda mais sobre essa relação entre cigarro e visão: você sabia que o tabagismo pode levar a cegueira?

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