A Neuropatia Óptica Isquêmica é a inflamação do nervo óptico causada por insuficiência vascular, a diminuição da irrigação e suprimento sanguíneo no olho. Ela é classificada de acordo com sua localização: Anterior, mais perto do olho; e Posterior, mais perto do cérebro. Ao contrário da Neurite Óptica, essa neuropatia não causa dores nos olhos, vermelhidão, lacrimejamento nem secreção. 

Neste artigo, abordamos a Neuropatia Óptica Isquêmica Anterior (NOIA), que tem como principal sintoma a perda de visão, e é dividida em dois tipos, dependendo da causa: arterítica, causada por arterite temporal; e não arterítica, causada por doenças ligadas à pressão baixa (hipotensão arterial). 

Em ambos os tipos, a perda de visão pode ser explicada por alterações na pressão das artérias, que levam a problemas na irrigação sanguínea dos olhos, afetando a visão. 

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Neuropatia Óptica Isquêmica Anterior não arterítica

Essa doença acomete pacientes de meia idade e idosos, e costuma ser uma consequência de outras doenças associadas à pressão baixa. Dentre os sintomas está a baixa visão em apenas um olho, geralmente percebida ao acordar pela manhã. O campo de visão pode voltar ao normal em curto prazo, mas o dano tende a ser permanente. 

Não existe um tratamento específico para a NOIA não arterítica, já que esta é complicação de outros quadros. Contudo, por estar relacionada à hipotensão arterial, tratar a pressão baixa é um dos caminhos. O que deve ser feito é identificar o que causou a crise e tratar a doença associada para prevenir problemas no outro olho.

Neuropatia Óptica Isquêmica Anterior arterítica (NOIA arterítica)

A NOIA arterítica tem caráter emergencial, e deve ser tratada imediatamente após o diagnóstico. 

Arterite temporal, também chamada de arterite das células gigantes, é uma doença autoimune, que afeta as artérias médias e grandes, alterando a irrigação sanguínea. Os pacientes afetados estão na faixa dos 70 anos. 

Os sintomas tendem a ser severos, e incluem perda temporária de visão, baixa visão grave em apenas um olho, percebida de uma hora para a outra. Se não for tratada, pode acometer o outro olho em semanas. Além disso, o paciente também pode apresentar perda de apetite, febre baixa, sudorese noturna, dificuldade para mastigar (claudicação de mandíbula), sensibilidade dolorosa no couro cabeludo e mal estar. 

O tratamento da NOIA arterítica é o uso de corticóides, via oral ou intravenosa (veia), realizado assim que o diagnóstico for confirmado por exames de sangue (não é recomendado esperar pela biópsia devido à urgência do quadro). Não é possível recuperar a visão do primeiro olho acometido, mas o tratamento previne crises no outro olho e controla a doença, para não gerar outros problemas graves no corpo. 

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Caso apresente algum destes sintomas, consulte um oftalmologista. Este artigo é apenas um informativo e não substitui o diagnóstico de um médico oftalmologista. 

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